A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do Brasil e um dos mais ameaçados do planeta, restando menos de 10% de sua área original. Encontrada do Rio Grande do Sul até o Piauí, a Mata Atlântica é montanhosa e acompanha grande parte do litoral. Em geral, o clima do ambiente é úmido, com chuvas bem distribuídas o ano todo. A exceção seriam as matas do interior, com chuvas mais intensas na primavera e no verão e mais escassas no outono e inverno. A maioria das orquídeas da Mata Atlântica é encontrada em locais com mais de 400 m de altitude e, por isso, gosta de uma variação de temperatura de pelo menos 10 °C entre o dia e a noite – mas existem exceções. Além disso, as espécies que vivem nas florestas do Sul do Brasil costumam exigir invernos bem definidos para florescerem plenamente.
Gomesa flexuosa
Considerada a verdadeira orquídea chuva-de-ouro, a espécie é uma das mais comuns no Brasil. Ela é encontrada na Mata Atlântica de diversos estados brasileiros: Pará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É uma orquídea epífita que vive tanto nas montanhas costeiras quanto à beira de cursos d’água, em regiões do nível do mar até 1.200 m de altitude, o que demonstra sua rusticidade.
Suas pequenas flores amareladas, de 1,5 cm a 2,5 cm de diâmetro, nascem ao longo de hastes bifurcadas que chegam a medir até 1,20m de comprimento. A florada ocorre no outono-inverno e eventualmente em outra época do ano. Até pouco tempo atrás, a espécie era denominada Oncidium flexuosum. Mas, desde 2009, a Royal Horticultural Society a reclassificou como Gomesa flexuosa. Como alguns taxonomistas brasileiros não concordam com todas as denominações da RHS, eles a chamam de Coppensia flexuosa. Por isso, não é raro encontrá-la sob essa designação.
Miltonia spectabilis
Nativa de regiões de altitude em torno de 800 m da Mata Atlântica dos estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de São Paulo, a Miltonia spectabilis pode ser mantida em regiões de clima tropical e subtropical. E vale a pena cultivá-la. Durante a primavera e o verão, sua florada compete com as das árvores mais floríferas de tão exuberante que é.
A floração intensa que torna essa planta espetacular resulta da sua capacidade de multiplicação. De cada pseudobulbo, brotam dois novos, e assim sucessivamente.
Embora apenas os pseudobulbos do ano floresçam, os antigos servem de reserva de nutrientes, ajudando a planta a se manter saudável e com energia para florescer.
Brancas ou rosa, as flores medem até 10 cm de diâmetro, têm aspecto ceroso e labelo maior que as pétalas e as sépalas, que são da mesma medida.
A orquídea prefere as regiões serranas, mas pode ser mantida no litoral, desde que protegida do calor excessivo. A luminosidade precisa ser intensa. Em regiões de temperaturas amenas, o cultivo pode ocorrer até sob sol pleno.
Aspasia lunata
Encontrada na Mata Atlântica do Sul e do Sudeste, em regiões de altitude entre 200 m e 750 m, a Aspasia lunata gosta de temperaturas superiores a 20 °C praticamente o ano todo. A exceção é o inverno, quando temperaturas mais baixas estimulam uma floração mais intensa.
As flores surgem em grupo de até seis na primavera e medem cerca de 7 cm cada. Ornamentais, elas têm formato estrelado, pétalas e sépalas longas e são esverdeadas, com manchas avermelhadas.
A Aspasia lunata precisa ser cultivada em ambiente constantemente úmido, com regas regulares durante o crescimento vegetativo. Após o desenvolvimento dos pseudobulbos é aconselhável diminuir a quantidade de regas.
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